Artigo da revista NS do Jornal de Notícias de Sáb.

Quero desde já desejar as maiores felicidades a este forúm e ás suas responsáveis.

A minha alma ainda se pasma com tanta ignorãncia e falta de educação da nossa sociedade:?: Achei engraçado a este artigo e vou transcrevê-lo na integra:

O SEXO E A CIDÁLIA - Pilhas e Raquetes

UMA AMIGA MINHA está apaixonada por outra mulher. O facto deveria ser a coisa mais corriqueira destes nossos dias, mas infelizmente ainda não é. Deixa desconcertados amantes e namorados, pais e filhos. "A minha mãe com outra gaja? Nem pensar!" As reações são sempre primárias, primitivas, trogloditas, obsoletas. Que diferença faz aos outros a forma como podemos ser felizes? Se o meu melhor amigo andar com um homem, vou chorar porquê? Ainda se ouve a justificação do "desperdício" como se sobrasse menos para nós, mulheres. Como se aquele homem fosse gostar de mim não gostando de homens...
Estava eu num jantar acompanhada também por essa minha amiga - felizmente apaixonada -, quando um dos presentes resolve referir-se à namorada dela; "Então e será que ela não vai sentir falta de pila?" A pergunta, um clássico nestas andanças, está ao nível de "Então e quem é que faz de homem e de mulher?" ou, quando são dois homens (a coisa piora um bocado), "Quem é que dá e quem é que leva?" Finíssimo. Num casal heterossexual (esta palavra tresanda a normalidade) está à partida definido quem dá e quem leva, mas, meus amigos, tratando-se de cu - é isso que aflige muitos dos homens -, o buraco é o mesmo. Levam as mulheres e há homens que, não tendo uma relação homo, também gostam de apanhar com qualquer coisa no sítio. Quantos dos machões que vemos por aí a coçar as partes não ficavam felizes com um só supositório, quanto mais com uma raquete de ténis... Esta da raquete de ténis vi eu numa nova série da RTP2, `Weeds´(Erva), em que uma mulher apanha o seu marido a traí-la com uma chinesa acrobata que no fim lhe enfia a raquete no lugar desejado. Não me lembro se o que chocou mais esta mulher foi saber que o marido a traía ou ou que gostava de levar com a raquete.
Se até aqui insistiam na pergunta do "quem dá e quem leva", pensem bem da próxima vez que a fizerem, ou então arrumem raquetes para longe da vista. Sabe-se lá se entre uma conversinha de "chat" e uma cerveja um homem não se tenta... Será que é por causa disto que que há tantos homens a gostar de ténis?
Voltando às mulheres, à minha amiga e à sua namorada. A pergunta da necesssidade de pila (questão que pairava na cabêça do meu amigo, não houve resposta concreta. Ninguém pode responder por ninguém e o futuro nem ao Kamasutra pertence.
Uma mulher pode sentir falta de pila como um dia pode acordar e querer experimentar o esplendor de uma pachacha. Desculpem-me a rudeza, mas nestes assuntos não há verniz que resista. Os homens ficam com uma dor de cotovelo impressionante quando vêem uma mulher (desejada) a andar com outra. Não é só o "desperdício" é honra. É orgulho de macho ferido. E se ela vem mesmo a gostar e depois ele nunca mais tem hipótese? Além disso, o que é que a outra tem que ele não tenha? Isto acontece sobretudo quando a hetero passa a dedicar-se à causa feminina. Aí deixa de ser a "boazona" e o "mulherão" para ser a "lambedora de fendas" ou a "comilona de berbigão".
A minha amiga diz que até gostava de se deixar fascinar por homens mas que as mulheres são muito mais interessantes. Por isso, há que separar o trigo do joio e ficar com as melhores. Eu percebo-a muito bem. As mulheres, desde que não sejam histéricas, demasiado assanhadas ou invejosas, são de facto mais interessantes. Além disso, não coçam os tomates, nem tiram macacos à frente dos outros.
Guardam tudo isto para quando estão sozinhas.
Eu, respondendo daqui ao meu amigo desolado, digo: pilas há muitas e vibradores também. Quem tem fome compra pilhas. ou raquetes...
"Oh God, make me good, but not yet!"

sem comentários,

Starwoman

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Nas alguem tinha alguma duvida de que somos as melhores? Very Happy